Não faz muito tempo que Samuel Rosa decidiu se aventurar na carreira solo e lançou seu primeiro disco fora da Skank, intitulado “Rosa”. Juntas, as 10 faixas inéditas já acumulam mais de um milhão de streamings só no Spotify. Agora, o projeto ganha nova forma com o lançamento em formato de vinil pela Revista Noize.
“Rosa” foi lançado no dia 27 de junho nas plataformas digitais. O projeto já nasceu com a expectativa de que Samuel mantivesse a qualidade de suas letras e melodias construídas na Skank. Junto disso, o título do álbum, autorreferencial, veio com o objetivo de dar continuidade ao legado, sem rupturas maiores.
“Eu não queria agora buscar compulsivamente fazer algo que eu nunca fiz. Quero exercer o que eu sou”, disse o artista, à época. “Minha marca é meu patrimônio”. Um outro ponto forte que fez o cantor querer manter sua essência foi Paul McCartney tocando “Hey Jude” no show em Brasília, no ano passado.
A música é um sucesso antigo, de 1968, e que o ex–Beatle mantém em suas apresentações. “Eu brinco que o Paul mandou por telepatia para mim: ‘Samuel, não inventa, faça o que você sabe fazer’”.
“Eu quis soar eu mesmo, naturalmente, sem querer fazer um disco pretensioso. Deixei que o novo aparecesse de forma espontânea”, acrescentou o artista.
Brasilidade para falar de amor
Tendo isso em mente, o cantor se valeu de menos máquinas e mais banda tocando para criar um disco bem brasileiro. A atmosfera musical criada remete a Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor, que são influências de Samuel, e à bossa–nova. O resultado é um álbum cujo pop emerge, num jeito Samuel Rosa de ser, musicalmente falando.
As letras, por sua vez, trazem as vivências do artista, passando pelo universo das relações amorosas em suas várias formas. Nove das canções nasceram de um processo desenvolvido por Samuel, em que ele se isolava no quarto da filha, em Belo Horizonte, e ficava de três a quatro horas compondo, na parte da manhã. O ritual durou de janeiro a fevereiro deste ano.
À tarde, o cantor se encontrava com a nova banda no estúdio. “Era disciplina mesmo, eu me comprometi a chegar todos os dias com uma música nova de tarde e mostrar para banda, ainda que fosse ruim, boa, média, sem julgamentos”, relembrou Samuel.
Ao apresentar as canções para os músicos, eles davam sugestões e faziam ponderações, como “coprodutores”. A diferença é que Samuel tinha a palavra final, liberdade almejada mas que vinha com um peso de ser o último da fila para opinar.
A obra foi produzida pelo artista junto com um parceiro de estrada, o engenheiro de áudio e produtor musical Renato Cipriano. A capa do disco, por sua vez, é assinada por Stephan Doitschinoff e traz diversas referências às músicas que estão no repertório.
Vinil de ‘Rosa’ do Noize Club
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