É sempre muito interessante traçar um paralelo entre fazeres que envolvem arte. No caso da música e da arquitetura, por exemplo, dá para viajar longe. Então vamos lá. Mário Quintana já escreveu que a música é a arquitetura do tempo e a arquitetura é a música do espaço. Quer mais?
Goethe, o grande escritor alemão, já colocava a arquitetura como música congelada. Eu amo a arquitetura, amo música e acho essa história tão bonita que resolvi reproduzir aqui parte de um artigo que eu li esses dias. Termos musicais, como ritmo, textura, harmonia, proporção, dinâmica e articulação fazem referência tanto a arquitetura quanto à música.
Ritmo na música se refere ao conjunto de sons que formam a batida. Na arquitetura, está relacionado com a repetição de elementos. A textura musical envolve sobreposições de sons e ritmos produzidos por diferentes instrumentos. Já arquitetonicamente se expressa no uso de diversos materiais. Harmonia é o equilíbrio do som na composição ou o das partes no conjunto da obra arquitetônica.
Essa lista poderia ser infindável, mas eu te faço um convite: que música te inspira quando você vê uma construção em que a arquitetura é genial? E mais, que música te inspira quando você está na sua arquitetura mais íntima, a do interior da sua casa?
Na minha, o “Köln Concert”, álbum do Keith Jarrett, é o que toca incessantemente já faz um tempão, mas também muda para uma bossa nova, um samba, um jazz e até um heavy metal, dependendo da ocasião.