Eu fiquei sabendo da existência da jovem judia Etty Hillesum, quando li o livro “Comunicação Não Violenta” e que me deparei com um dos seus escritos logo no primeiro capítulo. Essa semana, relendo o livro, vi novamente a citação de Etty, que fez outro sentido para mim.
A citação é a mesma, mas a forma com que eu li a autoridade depois de ter lido há muito tempo o livro “Comunicação Não Violenta”, fez com que a leitura ficasse diferente. Ela escreve em seu diário o seguinte: “quando rezo, mantenho um diálogo tolo, ingênuo ou tremendamente sério com o que existe de mais profundo dentro de mim, que eu, por conveniência, chamo de Deus”.
E aí, tempos depois, ela retoma a escrita e diz o seguinte: “e isso provavelmente expressa da melhor maneira meu sentimento frente à vida. Eu descanso dentro de mim mesma e aquela minha parte, a mais profunda e mais rica na qual repouso é o que eu chamo de Deus”.
É a definição que ela dá para Deus, aquilo que mora dentro dela mesma, naquele repouso que ela encontra em si própria. E isso é muito lindo.