Ailton Krenak escreveu no livro “Futuro Ancestral” que a liderança de uma criança será resultado da experiência diária de colaboração com os outros, não da concorrência. E essa frase me faz pensar o que estamos ensinando às nossas crianças hoje.
Muitas vezes, a pressa em ser o melhor, a competição desenfreada, o ranking, a nota, o título, tudo isso ocupa um espaço enorme. Mas e a colaboração? Onde cabe a experiência de fazer junto, de aprender com o outro, de dividir conquistas?
Krenak lembra que o futuro não se constrói na corrida de quem chega primeiro, mas na caminhada de quem sabe estender a mão.
A criança que cresce percebendo que não precisa vencer alguém para existir, aprende algo maior: que a vida é sempre mais ampla quando é partilhada. E talvez seja disso que a nossa humanidade esteja precisando. Menos pódio, mais roda. Menos competição, mais colaboração.
Porque o futuro, esse futuro ancestral que ele anuncia, não será feito de vencedores solitários, mas de gente que aprendeu desde cedo a caminhar junto, a ouvir e a partilhar.