Uma pesquisa realizada em 1908 pelo professor Josiah Royce, da Harvard, questionava pessoas em uma fase mais avançada de suas vidas sobre por que o simples fato de existirmos, ter um lugar para morar, comer, estarmos seguros e vivos nos parece, ainda assim, vazio e desprovido de sentido.
A resposta obtida nas pesquisas do professor foi que todos estamos em busca de uma causa que vá além de nós. Essa causa pode ser algo como cuidar de um animal de estimação ou engajar-se em campanhas contra a fome. Ao atribuirmos valor a essas ações, percebemos que elas são dignas de algum sacrifício, o que, por sua vez, confere sentido à nossa existência.
Albert Camus, consagrado com o prêmio Nobel de Literatura, escreveu um livro chamado “O Mito de Sísifo”, que narra a história desse personagem mitológico que enganou a morte várias vezes e, por isso, foi condenado por Zeus a levar eternamente uma pedra morro acima, todos os dias. Ao chegar ao topo, a pedra caía, e ele precisava repetir sua tarefa dia após dia.
Camus afirmava que a vida é tão absurda que, para driblar as dores e lamentações, Sísifo deveria encontrar uma nova maneira de fazer a pedra chegar ao topo a cada dia. Assim, o absurdo da vida seria contrariado.