Você cuida de alguém? De um pai, uma mãe, um avô, um companheiro? Então, pare um instante e se escute. Você tem se sentido exausto o tempo todo? Dormido mal? Está mais irritado? Com dor de cabeça, dor no estômago? Começou a beber mais? Deixou de cuidar de si?
Esses sinais não são fraquezas, são alertas. Cuidar exige muito, mas não pode custar a sua saúde, o seu equilíbrio e a sua vida. A professora Itzik Harari, especialista em bem-estar social no Japão, lembra que pedir ajuda é parte do cuidado. Buscar apoio, dividir tarefas, recorrer a serviços como entrega de alimentos, equipamentos de enfermagem ou até casas de repouso. Tudo isso não é desistência, é sobrevivência.
Reconhecer os próprios limites é um ato de coragem, dizer não também é. Dormir melhor, se movimentar, comer com mais atenção, procurar ajuda médica, isso tudo é cuidado também. Com uma população que envelhece cada vez mais, os cuidadores precisam de redes de apoio reais. Sem isso, tudo se torna insuportável, ainda mais quando não se tem muita gente para ajudar.
Cuidar é um gesto de amor, mas esse amor precisa incluir você também.