“Nossa, sério que esse filme foi indicado ao Oscar?”. Ouvi essa frase algumas vezes enquanto assistia “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, e pensando bem, a pergunta faz sentido.
O filme é diferente, não tem aquele enredo dramático e denso típico da premiação. Tem umas cenas bem pitorescas e engraçadas (beirando o ridículo), além de não ter nada muito glamuroso. Mas ao mesmo tempo, quem assiste ao filme com um olhar um pouco mais profundo, entende o motivo dele estar entre os mais indicados na premiação.
O longa é sobre família. Sobre relações com entes queridos que muitas vezes podem ser conturbadas e caóticas. Creio que a mensagem final do filme é essa: resolva suas questões familiares. Mas essa visão é apenas uma das várias que se pode ter ao assistir à produção.
“Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” conta a história de Evelyn Wang, uma mulher muito atarefada, com diversas questões pessoais e profissionais, e que em um belo dia, é convocada a salvar os diversos multiversos que existem no mundo.
Assistir ao longa causa um mix de sentimentos: o telespectador fica confuso, se emociona, ri, se empolga (e fica confuso novamente) nas mais de 2 horas de filme.
Este é o motivo da produção ser tão incrível e por isso que, apesar da complexidade do tema “multiverso”, é fácil de assistir. Você não se cansa, é muita coisa! Na verdade, é realmente Tudo, em Todo o Lugar, ao Mesmo Tempo.