Estou lendo um livro chamado “Olhe de Novo”, da neurocientista Tali Sharot e também do advogado Cass Sunstein, que fala sobre como nos adaptamos a inúmeras situações, boas ou más, o que eles chamam de habituação e a necessidade de desabituar. Mas o livro tem muitos outros conceitos e reflexões sobre comportamento humano.
Os autores dizem que as mudanças têm dois lados. Talvez você já tenha sentido isso na pele. De um lado, pode ser que você evite algumas transformações por medo do desconhecido, subestimando sua capacidade de adaptação.
Do outro, pode se empolgar com novidades grandes como uma casa nova ou pequenas como a maquiagem que você adquiriu numa loja virtual, acreditando que trarão felicidade duradoura, quando na verdade só gera um entusiasmo passageiro até que a novidade perca o brilho.
O problema é que, ao pensar em mudanças, costumamos focar mais em como nos sentiremos logo depois da transformação e menos em como será nossa adaptação ao longo do tempo.
Isso nos leva a superestimar tanto a euforia de uma novidade quanto o impacto negativo de desafios inesperados.
No livro, essas análises estão no capítulo que diz o seguinte: “Para aproveitar melhor os momentos bons, espalhe-os em pequenas doses. Para os desafios, para as coisas ruins, encare-os de frente, de uma só vez. Assim, você prolonga as alegrias e não arrasta sofrimentos desnecessários”.