Um filme que eu assistia há poucos dias me marcou profundamente. Embora tenha razões para nos fazer refletir sobre uma dezena de assuntos diferentes, como o sofrimentos das crianças na época da guerra, a necessidade de sair de casa e ir para um lugar seguro, ficar com padrinhos para fugir da ameaça das bombas, entre outros temas igualmente importantes, o que mais me chamou atenção foi o amor da mãe pelo filho único e a sua forma nada afetuosa de demonstrá-lo, o que fazia parecer que ela era insensível e não o amava.
Ela era durona e cuidou de tudo sozinha enquanto marido foi para guerra e não voltou. Com o filho, ela era exigente, rude, dura demais. Mas essa era a única maneira que ela conseguia encontrar para demonstrar o amor por ele.
Que pena que não conseguiu expressar de outra forma, pois perderam momentos preciosos de suas vidas e deixaram de viver instantes que nunca se recuperam.
Quando tenho conhecimento de situações assim, sempre lembro da canção Esquinas, do Djavan: “Sabe lá, o que é não ter e ter que ter para dar”. O filme que assisti se chama “O Trem Italiano da Felicidade”.