Fui a uma cafeteria para conversar com um grupo de cinco idosas que mensalmente se encontram para colocar a conversa em dia. Resolvi propor uma brincadeira perguntando se elas ainda fossem crianças, com a mentalidade de hoje, o que elas responderiam àquela clássica pergunta, o que você quer ser quando crescer?
Uma delas já se adiantou e disse: “minha querida, antes de crescer, brinque mais, sem a pressa do tempo, depois que crescer, estude aquilo que você gosta e viaje, viaje muito, junte o dinheirinho que tiver e viaje, para evitar que esse dinheiro vá para os remédios mais cedo do que deveria ir”. Nessa hora, todas riram, falando das contas da farmácia.
Outra senhora, de mais de 80 anos, com o jeito de uma avó que olha para o neto me respondeu: “gastei muito tempo insistindo em encontrar a felicidade onde ela não estava. Um dia, já velha, me olhei no espelho e ri, ri muito, descobri onde a felicidade sempre esteve simplesmente olhando no espelho. Sei lá se ela sempre esteve ali, mas sei que hoje eu tenho olhos para vê-la”, concluiu aquela idosa com um gole de café quentinho.