Gosto muito de anotar frases fortes que encontro em filmes e séries. Às vezes, a obra não é nem tão boa assim, mas aquela frase sozinha já justifica o tempo dedicado. Outro dia eu vi num filme, cujo nome não lembro aqui, o seguinte: “A liberdade é um túnel que a gente cava com as próprias mãos”.
Ele ressalta que a liberdade não vem fácil. Imagine um túnel, cavando com as próprias mãos. É um bem a ser conquistado.
Muitas vezes, às custas de muitas, muitas dificuldades, que nos convoca para uma responsabilidade individual diante daquilo que se busca. Já na série “Duas Covas” da Netflix, a última cena traz uma frase atribuída a Confúcio: “Antes de iniciar uma vingança, cave duas covas”.
Essa fala mexe muito com algo que eu tenho tem buscado entender e que tem moldado o comportamento do ser humano.
Ao desejar o mal do outro, você se contamina com o mal antes, se envenenando, às vezes até sem se perceber. Muitas vezes ouvi que o perdão não é para o outro, é para nós mesmos.
Perdoar não significa concordar, nem retomar o que se perdeu. É acima de tudo uma forma de libertar-se, de dar-se a liberdade. É um encontro consigo, um jeito de interromper o sofrimento que nos prende.