Tenho lido que o fim dos influenciadores do jeito que conhecemos está bem próximo. Talvez porque as pessoas tenham se cansado dessa vitrine de felicidade, riqueza e beleza sem rachaduras. No fundo, todo mundo sabe que ninguém está bem o tempo todo.
Todo mundo tem suas brigas em casa, ocupações com os filhos, tensões no trabalho, dias de raiva e de descontrole, somos humanos, afinal. E talvez por isso esteja acontecendo uma virada.
As pessoas estão querendo ver verdade, querem se reconhecer no outro, querem sentir que aquela dor também é delas, que aquela perda também já foi vivida por elas de alguma maneira.
Durante muito tempo, admirar quem ostentava teve seu significado. Era olhar para quem parecia ter vencido e desejar o mesmo. Era fugir da rotina, acreditar em atalhos, em promessas de ganhos rápidos, dietas milagrosas, sucesso em minutos, mas o tempo mostrou que essa fórmula não funciona. Ninguém ficou rico, nem magro, nem plenamente feliz, como os influenciadores mostravam.
E, quando o encanto se quebra, sobra o que é real. Surge o espaço para quem fala de verdade, com vulnerabilidade, com humanidade. Talvez seja esse o novo modo de influenciar: conectar pelo que é sincero e não pelo que brilha distante.
