A Monja Coen disse, certa vez, que o maior presente que você pode dar a alguém é a sua presença absoluta. E isso diz tanto sobre o nosso tempo.
Hoje, a gente ouve para responder. Já reparou? Enquanto o outro fala, a cabeça corre atrás de uma resposta pronta, uma solução, uma frase de efeito. Parece que precisamos dizer algo inteligente, oportuno, resolutivo. Como se o silêncio fosse um fracasso.
Mas… e se o outro não estiver precisando de respostas? E se tudo o que ele precisa — agora — for escuta? Presença real. Um olhar inteiro. Um “tô aqui”.
A sociedade nos ensinou que temos que ter resposta para tudo. Mas talvez a sabedoria esteja em não se apressar. Em não tentar “consertar” o outro com palavras rápidas, mas oferecer um espaço seguro onde ele possa simplesmente existir, sentir, desabafar.
Presença é isso. É estar por inteiro. É dizer, mesmo que você não fale alguma coisa.