O universo cinematográfico da Marvel pode ter perdido parte do ritmo depois de Vingadores: Ultimato, mas a estreia de Marvel Zombies no Disney+ nesta quarta-feira (24/9) entrega justamente aquilo que o público cobrava: uma trama de risco real, liberdade narrativa e batalhas épicas.
Baseada no episódio “What If… Zombies?!” de 2021, a nova animação se passa cinco anos após o colapso da civilização com a praga zumbi. Entre os sobreviventes estão Ms. Marvel (Iman Vellani), Ironheart (Dominique Thorne), Hawkeye (Hailee Steinfeld), Shang-Chi (Simu Liu) e Yelena Belova (Florence Pugh). O grande antagonista é ninguém menos que Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), agora intitulada Rainha dos Mortos.
Uma série que não tem medo de ousar
Diferente das produções recentes da Saga do Multiverso, Marvel Zombies arrisca. A animação elimina a “armadura de roteiro” que sempre protegeu heróis de primeira linha e cria um mundo onde até personagens de destaque podem ter um fim brutal. Essa sensação de urgência e fragilidade recoloca a franquia no caminho que fãs tanto pediam: menos exposição de novos nomes e mais integração entre os já apresentados.
Estrutura repetitiva, mas com final grandioso
Os três primeiros episódios seguem a mesma lógica: os heróis buscam abrigo em locais conhecidos do MCU e acabam surpreendidos pelos mortos-vivos. Só no episódio final a série rompe o padrão e entrega um confronto de escala comparável a Vingadores: Ultimato. Sangue, caos e ação de impacto marcam a conclusão da temporada.
Diferença em relação aos quadrinhos
Nos quadrinhos de Robert Kirkman e Sean Phillips, os zumbis ainda mantinham inteligência e protagonizavam a história. A animação preferiu o caminho mais tradicional, mantendo apenas Wanda como vilã consciente. Ainda assim, o resultado é um survival horror consistente e mais acessível para o público que conhece apenas o MCU.
Marvel encontra espaço para respirar
Mais do que o gore ou a ambientação de terror, Marvel Zombies funciona porque finalmente entrega o que faltava desde 2019: um grande crossover que coloca personagens diferentes para interagir de forma convincente. Se os cinemas patinam em bilheteria e conexão entre fases, a animação mostra que o potencial de unir tramas e personagens ainda existe.