Computador, configurar redes, aprender linguagens. Quem tinha 18 anos aprendia em minutos. Quem tinha 50, sofria para aprender rápido e acompanhar.
Só que as novas IAs viraram esse jogo. Basta falar. A interface agora é a linguagem humana, não a linguagem da máquina.
E aí, entra uma ironia interessante: quanto mais velho você é, maior a chance de você formular perguntas melhores, porque pergunta boa exige repertório, contexto, experiência de vida, conhecimento acumulado. Em outras palavras, exige horas de voo. Enquanto os jovens sabem apertar os botões, os mais velhos sabem quais botões valem a pena apertar. Nessa corrida, não ganha quem digita mais, ganha quem pensa melhor.
Então, será que estamos entrando na primeira grande revolução tecnológica em que a maturidade pode superar a velocidade? Talvez.
A pergunta que fica é: como você, jovem ou veterano, vai usar essa virada? Porque, no fim do dia, a IA não recompensa idade, recompensa clareza, propósito e resultado.
