James Dean morreu em 30 de setembro de 1955, aos 24 anos, em um acidente de carro na Califórnia (EUA). Sete décadas depois, continua sendo um dos maiores símbolos do cinema norte-americano.
Sua trajetória foi curta, mas intensa. Entre 1951 e 1953, fez pequenas participações em filmes como O Marujo Foi na Onda e Baionetas Caladas. O reconhecimento viria em 1955, com os papéis de Cal Trask em Vidas Amargas e Jim Stark em Juventude Transviada. No ano seguinte, já após sua morte, o público veria Assim Caminha a Humanidade, ao lado de Elizabeth Taylor e Rock Hudson.
O mito da rebeldia
Dean tornou-se referência cultural por interpretar jovens em conflito com a família, com a sociedade e consigo mesmos. Críticos o descrevem como insuperável nas cenas de descontrole emocional. A morte precoce ajudou a consolidar a imagem de “rebelde sem causa”, arquétipo da juventude dos anos 1950.
Em 2019, mais de seis décadas depois de sua morte, seu nome voltou aos debates de Hollywood quando sua família autorizou o uso da imagem digital do ator para o filme Finding Jack. A ideia gerou críticas, mas reforçou a permanência de Dean no imaginário popular.
Indicações póstumas ao Oscar
James Dean é até hoje o único ator a receber duas indicações ao Oscar de forma póstuma. Em 1956, foi lembrado por Juventude Transviada, mas perdeu para Ernest Borgnine (Marty). No ano seguinte, voltou a concorrer por Assim Caminha a Humanidade, vencido por Yul Brynner (O Rei e Eu).
A tragédia na estrada
Na tarde de 30 de setembro de 1955, Dean dirigia seu Porsche Spider em direção ao norte da Califórnia quando colidiu com outro carro em uma rodovia próxima a El Paso de Robles. O ator morreu na hora. Seu passageiro, o mecânico Rolf Weutherich, sobreviveu com fraturas. O outro motorista, Donald Turnispeed, sofreu apenas ferimentos leves.
O destino ainda reservava uma ironia: 13 dias antes, James Dean havia participado de um comercial alertando para os riscos da imprudência no trânsito.