Já viu como a maioria dos projetos de arquitetura feitos de um tempo para cá costumam integrar principalmente os ambientes sociais, aqueles que vão ser usados por todos? A cozinha conversa com a sala, onde há um espaço para o jantar, a varanda abrange tudo e o canto da TV idem.
O argumento é que, ao integrar tudo, a convivência da família está garantida. Todo mundo junto compartilhando momentos juntos sem barreiras físicas.
Mas será que é isso mesmo que acontece na vida real? Será que a falta de privacidade não seria uma geradora de tensão? Afinal, sem espaços reservados, o tempo individual se perde.
E aí temos o palco perfeito para discussões, que aliás, são importantes. mas não podem ser o norte de uma convivência. A dúvida é: casas sem paredes estão conectando pessoas ou criando desconexões invisíveis?
Sempre vai ter quem ame os espaços abertos e os que sentem falta de paredes. E está tudo bem. O que não dá é para seguir uma única partitura como se ela imperasse sobre o modo de vida de cada um, não é mesmo?
Por isso, que tal pensar bem antes de demolir uma parede e integrar tudo? E no final das contas, é o bom arquiteto que sabe ler as entrelinhas do seu cliente, que vai saber te ajudar a superar essa dúvida com a melhor solução feita para você e não para o mercado, ok?