O mundo observa o desenvolvimento da China com uma mistura de admiração, curiosidade e apreensão. De gigantescas obras de infraestrutura, como hidrelétricas e uma moderna rede ferroviária de alta velocidade, tem muito avanço acontecendo por lá.
Cidades inteiras são construídas praticamente do zero, em um ambicioso projeto de crescimento e uma impressionante capacidade de execução com muitos desafios e contrastes marcantes. O rápido crescimento urbano da China também trouxe problemas como superlotação, poluição ambiental, aumento da desigualdade social e perda de terras agrícolas.
Por lá, a urbanização em larga escala levou ao desaparecimento de aldeias tradicionais, à degradação ambiental e a uma arquitetura e estilo de vida homogêneos em muitas cidades chinesas.
É nesse cenário que o arquiteto Liu Jiakun, o chinês que ganhou o Pritzker esse ano, que é como um Oscar da arquitetura, se destaca por uma arquitetura de gestos sutis, mas ao mesmo tempo profundamente transformadora.
E também uma arquitetura que responde a estes e outros desafios da sociedade chinesa, enquanto valoriza materiais e técnicas tradicionais, bem como a criação de espaços comunitários.