Na última semana, Gilberto Gil emocionou a todos os presentes em seu show em São Paulo, ao receber sua filha Preta Gil para cantarem juntos a música “Drão”, composta em 1982 e inspirada no fim de seu casamento com Sandra Gadelha, mãe de três dos seus filhos. Drão é o diminutivo de Sandrão, apelido sido dado por Maria Bethânia à Sandra.
Preta está em tratamento de um câncer e essa linha tênue entre a vida e a morte torna-se ainda mais acentuada. Gilberto Gil falou recentemente sobre uma das dores mais profundas de sua vida: a perda de seu filho Pedro, que morreu em 1990 aos 19 anos em um trágico acidente de trânsito. A perda de Pedro marcou profundamente a trajetória de Gilberto Gil, moldando sua visão sobre o tempo, a família e a própria existência.
Gil disse que as lembranças são um recanto da memória que você escolhe como altar. Outras memórias, você não escolhe um lugar tão especial, mas no caso de um filho que se foi, ela fica no altar. Então, a religação é permanente. A dor da perda não tem prazo para passar, mas a vida, apesar de tudo, insiste em florescer.