Mostre a uma criança a imagem do quadro Abaporu, uma das mais emblemáticas obras da história da arte no Brasil, e provavelmente ela vai dizer que a conhece e já viu, ou até que já coloriu na escola. A obra é a mais importante de Tarsila do Amaral, que não faz sucesso só por aqui.
Uma exposição que se chama “Tarsila do Amaral: Pintar o Brasil Moderno” está em cartaz no Museu do Luxemburgo, um dos mais importantes de Paris. Para se ter uma ideia, exatamente há um ano atrás, Picasso estava em cartaz em uma mostra nesse museu, por ocasião do 50º aniversário da morte do gênio andaluz.
Tarsila, que nasceu em 1886 e morreu em 1973, não precisa da validação europeia para que sua importância na arte moderna seja reconhecida, mas uma retrospectiva parisiense é mais um sinal da sua valorização crescente.
Em leilões, os lances por suas obras são cada vez maiores, e a badalada exposição no Moma, de Nova York, em 2018, são alguns dos indícios da valorização do legado de Tarsila. Junto com a Anita Malfatti, Tarsila foi uma das principais artistas do modernismo brasileiro.