Quando vi a chamada da série “Eric”, na Netflix, não me chamou atenção, mas um comentário nas redes me despertou. A história começa com o desaparecimento de uma criança depois de mais uma briga dos pais. O pai é afetuoso, criativo, mas vive preso ao vício.
Álcool, medicamentos, drogas e quando mais precisam dele, ele não está. O desgaste, o silêncio, a dor cotidiana fazem da série um espelho. Mas Eric não é a criança, é o monstro que ela desenhou, aquele que vivia debaixo da cama, o medo. E um desses medos a gente só entende no fim, que é de partir o coração.
Mais do que isso, a série mostra como os traumas da infância do pai moldaram toda sua vida, cicatrizes que ele carrega sem saber direito como lidar. E no meio de tudo isso, uma frase de Tolstoy: “Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo”. “Eric”, na Netflix.