Estamos vivendo uma revolução silenciosa e talvez ainda não tenhamos percebido isso. Pela primeira vez na história, envelhecer virou a norma, não a exceção.
Há poucos séculos, viver até os 60 anos era raridade. Hoje é parte natural da vida, mas seguimos envelhecendo como se fosse um problema demográfico, uma questão de números.
Quantos idosos há? Quanto custam a previdência? Como sustentar tanta gente envelhecendo?
Mas devemos pensar para além de tudo isso. O olhar precisa mudar. O envelhecimento não é uma conta a ser paga, mas uma fronteira de inovação social.
É um novo território humano onde surgem outras formas de viver, trabalhar, amar e pertencer. Pense nas novas moradias colaborativas, nos projetos intergeracionais, nas pessoas com mais de 60 criando negócios, viajando, estudando, se relacionando, amando.
O envelhecimento abre espaço para as redes de afeto, novas economias e novas narrativas sobre o tempo.
A questão não é como vamos sustentar os velhos, mas como vamos reinventar a sociedade para viver bem em todas as idades. O futuro não é jovem nem velho, é coletivo, humano e agora longo.
