No livro “Tudo Bem Não Estar Tudo Bem”, a terapeuta Megan Devine compartilha sua profunda compreensão do luto, adquirida após a perda brutal de seu companheiro. Ela expressa a vontade de pedir desculpas a todos os seus pacientes anteriores, reconhecendo que, antes daquela tragédia, sua percepção do luto era limitada.
Megan afirma que, se quisermos ajudar e cuidar melhor uns dos outros, precisamos reorganizar o entendimento sobre o luto. É fundamental falar sobre o assunto e reconhecê-lo como um processo natural e normal, e não algo a ser evitado, consertado, apressado ou depreciado.
Devemos começar a discutir como viver uma vida que foi completamente modificada pela perda. Ela ressalta de forma contundente em seu livro que algumas dores não podem ser curadas com otimismo ou força de vontade.
O enlutado não precisa de soluções; ele precisa de alguém que segure sua mão enquanto está paralisado, olhando para o vazio deixado pela ausência. As experiências de perda são únicas, e cada pessoa vive seu luto de forma distinta. O luto é parte do amor. O que você está vivendo, por mais doloroso que seja, é amor. De uma forma ou de outra, amar significa perder.