
O setor de eventos passou por grandes transformações influenciadas pela pandemia e pela evolução tecnológica, por exemplo. Para falar sobre o tema, o Conecta Mente dessa segunda–feira (24/3) conversou com o diretor de marketing e operações da Panda – Inteligência em Eventos, o Eduardo Zech.
Referência em eventos, ao longo dos anos, a Panda passou por diversas evoluções. A empresa está prestes a fazer 44 anos e foi a primeira startup em eventos, idealizada por Carlos Rogério. “A gente vem de uma área de esporte, somos todos ex–atletas, então a Panda começou basicamente com eventos esportivos”, contou Zech.
“Com essa evolução, a gente começou a perceber que fazer evento esportivo é muito próximo de outras modalidades de eventos que o mercado estava demandando. E foi uma transição paulatina. Hoje, eu diria que nós somos um canivete suíço em eventos. Eu não tenho uma especialidade em um tipo de evento esportivo”.
A evolução da startup fez com que, atualmente, ela seja focada em eventos corporativos, atendendo empresas que a contratam para realizar momentos de oportunidade. A Panda não trabalha com iniciativas públicas de venda de ingressos.
Profissionalização sobrepõe ‘feeling’
Ao olhar para o início da empresa, fundada em 1981, Eduardo reflete sobre a evolução dos métodos e processos da Panda. “Era uma época em que existia muita paixão, fazia–se com muito coração, com feeling. E eu acho que isso foi o sucesso dos primeiros eventos da Panda”.
“Isso hoje não é mais aceitável em termos corporativos no setor de eventos. É um setor extremamente profissionalizado, com muito planejamento, muita técnica; nada é feito no feeling, no ‘eu acho’, no ‘eu gosto’. É tudo técnico e intencional”, acrescentou.
Para o diretor de marketing e operações, as empresas de sucesso que sobreviveram à pandemia, por exemplo, são aquelas que têm processos consolidados e fortes. “Isso é uma realidade do mercado hoje, em que o amadorismo não é aceitável de forma alguma mais”, acrescentou Zech.
Inteligência artifical e tendências para eventos
A respeito das tendências de mercado, Eduardo contou que a Panda tem feito, sistematicamente, treinamentos com ferramentas que envolvem processos de inteligência artificial.
“Vou citar um exemplo: a nossa parte de desenvolvimento de projetos arquitetônicos, a gente sempre desenvolve com parceiros, estruturas, montadoras, escritórios de arquitetura. Nós, hoje, conseguimos internalizar com a inteligência artificial essas criações de mockups, desses projetos, aprovar aquela linha criativa com o cliente e, aí sim, passar para o arquiteto”.
Segundo o diretor de marketing e operações, tal ação se reverte em ganho de tempo e economia. “Isso já é uma realidade que a gente consegue entregar com percepção do cliente de qualidade”.
“O outro lado é exatamente a personalização. A tendência dos eventos de hoje é que a gente consiga tratar cada indivíduo que participa dos eventos com seus gostos, com suas características. Então, isso é muito mais memorável para a pessoa quando ela é tratada como indivíduo”, disse Zech.
Eduardo também falou sobre a dificuldade de encontrar profissionais qualificados em eventos, e como a empresa trabalha internamente com a formação dos talentos que entram na Panda. O episódio completo está disponível no nosso Spotify (ouça abaixo) e no canal de YouTube Multiprosa. Acompanhe trechos da conversa nas redes sociais da Rádio CDL FM.