Peças especialíssimas, fruto de uma mescla de pesquisa, esmero técnico e beleza que transcendem a mera funcionalidade. Assim podemos definir o trabalho de muitos designers de objetos. Ok, eu sei que tem muita gente que vira e fala: “gente mas é só um objeto, por que que o preço é tão diferente daquele ‘balangandã’ que eu vi ali na esquina?”
Bom, eu não vou entrar nesse assunto hoje, mas no toque com o tema design como manifestação artística que aconteceu no mês passado na mostra “Fronteiras do Design”, no Parque Global Cultural, em São Paulo.
Com a presença das designers Jacqueline Terpins, Carol Gay e Cris Bertolucci, a conversa abordou os pontos chaves da carreira de cada uma e me impressionou uma fala da Jacqueline Terpins, que disse que o trabalho dela é guiado pela emoção e é baseado nos sentimentos. Ela citou como exemplo uma mesa lateral da autoria dela, que por sinal estava na exposição, e que se chama Besame Mucho.
É um objeto que está longe de seguir um padrão. Escuta o comentário dela:
“O pouso da mesa exemplifica muito bem o meu trabalho, porque mesmo com a beleza, eu procuro estar à beira do abismo. Meu propósito é fazer as pessoas olharem para peça e pensarem: Será que ela para em pé mesmo?”
Legal demais, né, gente? Para você, o caminho do design é arte ou não? Pensa e depois me conta.