Se o nome do nosso programa é “Tendências”, é impossível escapar de falar de moda vez ou outra. E tem dois assuntos bem interessantes que eu queria comentar aqui: um é que, na Semana de Moda de Londres, foi apresentado, pela primeira vez, um desfile com roupas usadas. O objetivo foi mudar a percepção das roupas usadas.
A estilista Katharine Hamnett fechou o desfile com uma camiseta que dizia “Chega de vítimas da moda”. E vamos combinar, chega mesmo! Essa história de comprar e comprar sem nem saber o que tem no guarda-roupa já foi, não é?
O outro assunto é que na Semana de Moda de Milão, a marca Sunnei, que já fez loucuras na passarela de outras temporadas, e por isso foi considerada em um artigo do “New York Times” como “a marca mais louca de Milão”, levou para desfilar só modelos com mais de 50 anos.
Como diz o texto que eu li, em uma temporada em que a diversidade foi praticamente nula, dominada por modelos que vestem PP, teve esse refresco. Duas ações que fazem a gente ficar feliz por ver pessoas pensando a moda fora desses padrões que fazem todo mundo, no fundo, ficar sempre triste com o corpo, com a roupa, ou com os dois. E moda deveria ser exatamente o oposto disso!