Você já ouviu falar no movimento slow? Pois é, desacelerar não significa ser devagar, significa lembrar que somos gente não máquinas. Em meio à correria do dia a dia, trabalho, filhos, cidade grande e compromissos, é possível sim buscar outras formas de viver.
E foi assim, na pressa da vida em São Paulo, que surgiu o movimento desacelera. Ele nasceu da experiência de uma mulher comum, trabalhadora, mãe, ativista, como tanta gente que vive no automático. A partir de um caderno de anotações e uma inquietação sincera, ela começou a pensar em como desacelerar, não sozinha, mas com todos. É interessante a gente pensar que nem todo mundo tem o mesmo tempo que a gente.
Cada pessoa tem um ritmo e o tempo que ela faz como próprio para ela. É muito indigno, fazer com que as pessoas sejam iguais a gente. Desacelerar nesse contexto é recuperar o tempo como um direito e não como um luxo e transformar o cuidado, o descanso e o bem-estar em temas coletivos e não só em escolhas individuais.
O movimento não tem sede nem chefes, ele inspira iniciativas no mundo todo buscando um jeito mais justo, bom e humano de viver. Porque no fundo, desacelerar é isso, sair do automático e recobrar os seus sentidos.