Como é que se escolhe as peças certas na hora de decorar a casa? Quem nunca se perguntou: onde é que eu estava com a cabeça quando eu comprei isso?
Se você nunca passou por esse momento na casa de alguém que foi visitar, isso já passou pela sua cabeça quando você dá de cara com plantas artificiais horrorosas ou, quem sabe, quando você vê uma TV pendurada em seu enorme, imponente e arrasador painel ripado. Ah, ok, isso não te incomoda. Talvez você até ache o ripado bonito.
Então vamos lá, durante muito tempo o painel ripado foi visto como luxuoso, como algo incrível, a que poucas pessoas tinham acesso, e isso fez com que se tornasse tendência entre os profissionais, fazendo com que as ripas milimetricamente espaçadas invadissem todas as mostras de decoração e todas as revistas de arquitetura.
Acontece que isso foi o suficiente para fazer todos os projetos ficarem iguais, como se estivéssemos falando de uma grande indústria da arquitetura na qual a alma de cada casa havia sido roubada e substituída por espaços bem semelhantes e, sendo assim, sem personalidade.
O problema não é o ripado em si, porque sim, ele tem sua beleza. O problema é usar o mesmo modelo feito em madeira freijó, aquela em tom amarelo que deixa a sua casa com cara de cenário de novela do SBT dos anos 2000, com o mesmo espaçamento, mesma aplicação e mesmo formato. Tá aí a fórmula perfeita para deixar a sua sala genérica.
A evolução do ripado está nos formatos, nas possibilidades, nas cores e nas infinitas formas de aplicação que a tecnologia proporciona.
Então, significa que dá para fazer diferente, né? Claro que dá. De preferência, fazendo com que o todo traga algo de você, algo que mostre que é você quem mora ali.
