A temporada 2025 do Conecta Mente estreou nesta segunda–feira (27/1), com entrevistas inéditas com grandes nomes e empresas do mercado. A primeira convidada foi diretora de Recursos Humanos da Sólides, Távira Magalhães, para falar sobre os desafios na retenção de talentos.
A retenção de talentos é um dos maiores desafios das empresas, principalmente dentro da Geração Z. Isso porque eles são profissionais que tem como uma de suas principais características a busca por empresas com ideias semelhantes às suas e locais onde suas vozes sejam ouvidas.
No bate–papo, a diretora de Recursos Humanos começou levantando o ponto sobre o fenômeno de diferentes gerações trabalhando juntas em uma mesma empresa, pela primeira vez. “Temos muito desafio de ter todas essas gerações com especificidades diferentes, no mesmo espaço, engajadas”, afirmou.
Retenção de talentos na Sólides
Na Sólides, segundo Magalhães, a prática de retenção de talentos inicia no processo seletivo. “Então começa ali naquele momento em que você entende qual é o propósito desse profissional; quais so os objetivos dele a curto e médio prazo; então é naquele momento que você vai entender o perfil dele”.
“As empresas precisam de muita honestidade e transparência. Não adianta você vender o céu de brigadeiro no processo seletivo e quando você chega na empresa você não vai encontrar nenhum desses brigadeiros que foram vendidos. Aquele momento de processo seletivo é o momento de abrir o capô do carro”, adicionou.
Távira contou sobre a Política de Malefícios da Sólides, em que a empresa fala sobre os próprios defeitos e quais são os perfis dos profissionais que trabalham lá. “A gente acaba precisando complementar, então, às vezes eu tenho um perfil que é muito analista e aquele perfil que está concorrendo fica sabendo que terá que lidar com uma pessoa analista”.
Substituição do trabalho operacional e particularidades das gerações
A diretora de Recursos Humanos disse que o trabalho operacional vem sendo substituído pela Inteligência Artificial. No entanto, o trabalho analista e crítico não terá substituição. “Então, cada dia mais a gente tem que pensar em qualificar pessoas, porque elas também já não estão muito afim desse trabalho operacional”.
Sobre o cuidado com as particularidades de cada geração, Magalhães relembrou quando sua geração, do fim da década de 1970, entrou no mercado de trabalho e passou por desafios parecidos com os que a Geração Z vive hoje. “Tudo o que é novo causa um certo receio”, declarou.
“Quando a gente para para pensar que as gerações se complementam muito, nós paramos de ter essa rivalidade. Ao mesmo tempo em que a Geração Z vai ofertar mentoria para a Geração Baby Boomers, muito na tecnologia, a Geração X ou a própria Baby Boomers vai trazer essa parte da organização, de mais aquietação”, opinou.
Távira também destacou as trocas possíveis entre as diferentes gerações, os novos desafios do mercado de trabalho, bem como o que é necessário para que os profissionais engajem nas empresas. A entrevista na íntegra já está disponível nas nossas plataformas digitais. Ouça abaixo: