Muitos empreendedores vivem na busca pela chave do sucesso. Em 1952, o italiano Luigi Papaiz foi literal nessa procura: iniciou a marca de chaves e cadeados Papaiz, conhecida Brasil afora. O diretor de negócios da empresa, Robson Donato contou toda a história do empreendimento no Conecta Mente desta segunda–feira (16).
“O Sr. Luigi Papaiz teve uma visão muito forte aqui no mercado brasileiro. Uma das frases que ele dizia era que ele acreditava no Brasil, e viu uma grande necessidade voltada para a segurança, ali na década de 1950. Ele iniciou essa linda história focada muito em produtos que não são os que a gente tem hoje como core da Papaiz, que são o cilindro e a fechadura para móveis”, disse Donato.
Uma das chaves para o sucesso da marca tem sido se manter próxima do mercado, o que fez com que ela se tornasse fortemente reconhecida pelos brasileiros. “Algumas linhas de produtos que nós temos, como cadeados, fechaduras e dobradiças, são comprados por necessidade, não por impulso”.
“Então, a primeira forma da gente manter a nossa marca viva é estar presente no PDV (Ponto de Venda), de modo que aquele consumidor que está ali, seja no material de construção, seja no home center, seja até no ambiente on-line, ele consiga encontrar o nosso produto”, explicou o diretor de negócios.
Robson também destaca o trabalho de pessoas que passaram pela Papaiz. “Ter o produto no ponto de venda, ter uma boa reputação de marca e, principalmente, ter a segurança embarcada no produto foi o que nos trouxe até aqui”, destaca.
Marca contra produtos chineses
Um outro ponto que a empresa tem como desafio é a globalização, que facilitou a entrada de produtos chineses no nosso mercado. “A resposta para isso, na nossa concepção é inovação. Claro que a gente tem produtos que são carros–chefe e que tem toda essa questão da segurança embarcada, tem todo esse recall, mas nos mantermos antenados é o ponto chave”.
“Por exemplo, a fechadura digital é um produto que está em plena ascensão e resolve alguns problemas que, às vezes, o consumidor final nem acha que tem, como mobilidade, ter que carregar a chave. Todo mundo já tem história ou conhece a história de pessoas que perderam a chave, não é?”, questiona o diretor de negócios.
Estando no mercado há mais de 70 anos, a marca é considerada tradicional e teve que passar por atualizações ao longo do tempo, principalmente no que diz respeito à presença digital. Segundo Donato, a Papaiz se faz presente tanto no contato com indústrias quanto com os clientes, por meio das redes sociais.
“Esse recall que eu citei para vocês que a gente tem hoje em dia também é renovado pela nossa presença digital. E aí as redes sociais são fundamento importantíssimo nessa jornada. Nós criarmos conteúdos relevantes, utilizarmos influenciadores, mostrarmos a aplicação dos produtos, o que ele resolve, etc”.
Soluções para todas as idades
Mesmo precisando se atualizar constantemente, a empresa teve que encontrar um meio–termo para satisfazer tanto os clientes jovens quanto os mais velhos. “Atendemos uma família extremamente jovem que tinha uma pessoa de idade que morava com eles. A família se adaptou rapidamente à fechadura digital, e a pessoa idosa não”.
“Então o que a gente notou? Nós precisávamos ter o acesso tradicional dentro de uma fechadura digital. Resolvemos isso de uma maneira simples, incorporamos uma chave mecânica ao produto digital. Então, um dos nossos produtos mais vendidos hoje tem essa simbiose entre o digital e o mecânico”, narra Robson.
O diretor de negócios da Papaiz falou sobre novidades para o futuro, como cibersegurança, e a migração do mecânico para o digital, cujo próximo passo da empresa será o reconhecimento facial. Donato também contou sua história pessoal até chegar no cargo que ocupa hoje na empresa. A entrevista na íntegra já está disponível nas nossas plataformas digitais. Ouça abaixo: