Tem uma frase que vez ou outra aparece por aí: “O que eu falo é problema meu, o que o outro entende é problema dele”. E olha, pode até haver um fundo de verdade, mas é um pensamento perigoso, porque comunicar não é só despejar palavras, é facilitar o entendimento. E se o que eu falo nunca chega direito no outro, ou chega atravessado, talvez eu precise sim olhar para a forma como estou falando. Não basta dizer: Falei.
Eu brinco com os meus alunos dizendo que isso é a comunicação de Pôncio Pilatos, de lavar as mãos. É preciso entender se você foi claro, respeitoso e acessível. A responsabilidade da comunicação é dividida, mas a intenção de melhorar precisa ser pessoal. Aprimorar como a gente se comunica diminui ruídos, evita conflitos e aproxima. Quando falamos com mais empatia, com mais escuta, com mais cuidado nas palavras, o outro também ouve diferente.
Então, da próxima vez que você pensar que o que o outro entendeu é problema dele, respire fundo. Talvez seja uma oportunidade de falar de outro jeito. E quem sabe assim, você também vai aprendendo a observar mais como tem se comunicado.