Você já parou para pensar em com quem você vai viver quando envelhecer? Se isso ainda não passou pela sua cabeça, então está na hora de começar a trabalhar essa ideia. E por que é que isso interessa?
Bom, o mais importante é que o Brasil até 2050 vai ser um país de maioria idosa, e os arquitetos tem que estar atento a isso, já que a forma como construímos hoje impacta diretamente no bem-estar de amanhã.
E com quem você quer viver na velhice? Eu sempre elegi algumas amigas com as quais eu brinco que a gente vai ficar velhinha morando juntas.
Tem gente que ainda é resistente a isso porque costuma complicar quando tem que pensar em compartilhar. Mas os co-housing estão aí para mostrar que pode ser diferente. Viver em um co-housing é poder criar uma rede de apoio, vizinhança ativa e laços reais. É um novo modo de morar onde o coletivo não sufoca o individual. E, segundo pesquisas, no Brasil, quem mais aceita essa ideia são as mulheres.
90% das pessoas que manifestam interesse por co-housing no Brasil somos nós, mulheres, que não queremos depender de filhos e nem viver sozinhas. É gente que procura mais que conforto físico para velhice. Tem a ver com a segurança emocional e também com liberdade, com pertencimento.