O recente Boletim Mapa das Empresas do
Governo Federal, referente ao segundo quadrimestre de 2022, revelou que os
Microempreendedores Individuais (MEIs) são responsáveis por 58,8% dos negócios
ativos no país. Além disso, representam 76% das empresas abertas entre os meses de
maio e agosto. Em números, significa que, neste período, 1.049.439 de novos negócios
de porte MEI iniciaram as atividades no país. Agora, são quase 12 milhões de
profissionais atuando por conta própria no Brasil. Em Belo Horizonte, são mais de 220
mil empresas que atuam na modalidade MEI e contribuem para a geração de
empregos e circulação de renda na cidade.
O recente Perfil do MEI 2022, elaborado pelo DataSebrae, revelou ainda que para 78%
dos MEIs, a atividade representa a única fonte de renda e para 37% é de onde sai o
sustento de toda a família. Apesar do alto índice de indicação, já que 82% dos MEIs em
atividade recomendam o registro como microempreendedor individual para amigos e
conhecidos, ainda há algumas barreiras e dores que precisam ser sanadas entre a
categoria.
Conforme revela o Perfil do MEI, os pontos principais que esses profissionais desejam
aprender são:
Orientação ao crédito: 33%
· Controle financeiro: 32%
· Propaganda e marketing:29%
· Uso de redes sociais: 21%
· Atendimento ao cliente: 17%
· Melhoria do produto/serviço: 12%
“Nos dois últimos anos, o micro empreendedorismo individual foi a alternativa para
milhões de brasileiros conseguirem emprego e renda. Entretanto, a capacitação desses
profissionais não acompanhou a velocidade do surgimento desses negócios”, analisa o
presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de
Souza e Silva.
Ainda segundo o dirigente, a falta de capacitação e noções de gestão são a principal
causa da mortalidade entre as jovens empresas. “Tanto os MEIs quanto as empresas
de micro e pequeno porte apresentam taxa de mortalidade acima dos 20% nos cinco
primeiros anos. Esses índices são reflexos da falta de capacitação desses profissionais e
também da dificuldade de acesso a recursos financeiros e orientações”, detalha o
presidente da CDL/BH.
SOU MEI – Apoio e solução
Na tentativa de aumentar o tempo de vida desses negócios, bem como preservar os
postos de trabalho gerados por eles, programas de apoio e capacitação são oferecidos
a esses profissionais. Em Belo Horizonte, por exemplo, o SOU MEI, uma iniciativa da
CDL/BH em parceria com o Sebrae Minas, oferece apoio e soluções para os MEIs da
capital e Região Metropolitana.
“É um serviço acessível, com mensalidade menor do que o valor de um cafezinho por
dia. Nesse programa, os microempreendedores têm acesso às linhas de créditos de
instituições como Sicoob Divicred e Gyra+. Em parceria com o Sebrae Minas realizamos
mentorias, cursos e trilhas de conhecimento. Colocamos à disposição dos MEIs os
setores jurídico e institucional da entidade para esclarecer dúvidas e prestar
orientações”, descreve Marcelo de Souza e Silva.
“O MEI é a categoria empresarial que mais cresce em todo o país. Contudo, para
garantir a sustentabilidade dos negócios, quem é microempreendedor precisa amparar
sua atividade em bases profissionais”, alerta o diretor de Operações do Sebrae Minas,
Marden Magalhães.
O SOU MEI também oferece certificado digital gratuito, planos de saúde a preço
diferenciado, parceria com instituições de ensino, laboratório e soluções para redução
de custos operacionais, como uso de energia solar que reduz a conta de luz.
MEIs ainda desconhecem obrigações legais
O presidente da CDL/BH destaca que, apesar do expressivo número de MEIs em
atividade, a maioria desconhece seus direitos e obrigações. De acordo com o Perfil MEI
2022, 54% dos MEIs já deixaram de quitar alguma guia DAS (contribuição mensal) e 49% não sabem a consequência do não pagamento.
“Grande parte dos empreendedores não sabe a importância de manter em dia o pagamento da
contribuição mensal. Em caso de inadimplência ele pode perder ou ter dificuldade de
acesso a benefícios como auxílio maternidade, INSS, cancelamento do CNPJ e dívida
transferida para o CPF”, alerta Souza e Silva.
Para evitar que problemas como esse prejudiquem o crescimento dos pequenos
negócios, o SOU MEI oferece assistência administrativa. “O objetivo é fazer com que os
microempreendedores criem uma base administrativa consolidada, alerta e eficiente
para que o maior foco seja o crescimento econômico e sustentável desses negócios”,
enfatiza o presidente da CDL/BH.
Recursos financeiros
Acesso facilitado às linhas de crédito é uma das barreiras enfrentadas pelos
microempreendedores individuais. Para amenizar esse problema, o SOU MEI é
parceiro de importantes instituições financeiras que colaboram para melhor
acessibilidade a recursos como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
As empresas parceiras do SOU MEI, Sicoob Divicred, Gyra + e Junior Achievement,
oferecem condições especiais como prazo de 48 meses para pagamento, taxas
reduzidas, cashback e mensalidade 90% mais barata que a praticada.
“Queremos gerar maior competitividade aos micro empresários, que poderão ampliar
seus negócios ou investir para crescer no mercado, através do microcrédito e outras
linhas de crédito mais acessíveis e justas”, explica o presidente da Divicred/Sicoob,
Urias de Sousa.
Mais informações sobre o SOU MEI estão disponíveis no site.