Músicas podem ser retratos da alma, reflexos de feridas e dão força para seguir em frente. Acabei com tudo, escapei com vida. Assim começa essa canção, deixando claro que o amor às vezes deixa marcas que o tempo não apaga. A letra é o retrato de quem já amou demais.
Acreditou, caiu e precisou recomeçar. O eu lírico é uma mulher que saiu ferida, mas viva, que teve os sonhos rasgados, mas manteve a dignidade.
Uma fera ferida no corpo, na alma e no coração, que decide seguir, mesmo tropeçando no próprio caminho. As cicatrizes de que a música fala não são apenas lembranças de dor, são provas de coragem.
Cada uma delas conta a história de alguém que mesmo atingido, escolheu não endurecer por dentro. E, no final, ela caminha sozinha, bicho livre, sem laços, sem amarras, procurando abrigo, mas encontrando liberdade. Porque, depois das tempestades, sobreviver já é um ato de força e recomeçar é a maior vitória de todas.
