Nas minhas pesquisas diárias, eu vi que o Centro de Arte Contemporânea Georges Pompidou, em Paris, adquiriu 70 obras dos irmãos Campana, sobre quem a gente falou aqui ontem, contando um pouco a história deles.
E entre os artigos que passam a fazer parte do acervo do museu parisiense, que por sinal está fechado para uma reforma, estão mobiliários, esculturas e cadernos com esboços. São obras que pertencem ao acervo do Instituto Campana, fundado pelos irmãos Fernando, que morreu em 2022, e Humberto Campana.
De protótipos iniciais a peças únicas, o acervo percorre toda a trajetória dos designers (olha que legal), com as contribuições de galerias internacionais de design, além de parceiros como Edra, Louis Vuitton, Alessi e Bernard Arnault. O que eu achei mais interessante dessa história, além de tudo, é claro, foi o comentário do Humberto Campana.
Ele diz que “esse é um reconhecimento que garante que a contribuição dos irmãos Campana à história do design, por mais humilde que seja”, repito, “por mais humilde que seja, vai ser compartilhada com o público ao redor do mundo, celebrando a criatividade e a expressão artística brasileira”. É isso.
Enquanto tem um monte de gente empinando o nariz dizendo que é designer, vem o Humberto Campana com essa, “por mais humilde que seja, a contribuição dos irmãos Campana à história do design”, blá blá blá.
Fala sério, né? Dá vontade de pedir educadamente para todo mundo que se acha descer um degrauzinho só e rever qual a sua participação positiva para um contexto de mundo cada vez mais caótico.