A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) solicitou ao Sindicato dos Metroferroviários de Minas Gerais, por meio de ofício enviado nessa quinta-feira, 21, a manutenção dos serviços da categoria. O pedido foi feito após anúncio de greve dos profissionais até o dia 30, com possibilidade de manutenção da paralisação até 2 de agosto.
“Respeitamos o direito legítimo à greve, mas a população e o comércio não podem ser prejudicados. A interrupção dos serviços irá afetar ainda mais a mobilidade urbana da capital. Na próxima semana teremos o retorno das férias escolares, o comércio já iniciou a movimentação em torno das vendas do Dia dos Pais e essa paralisação pode trazer prejuízos à toda comunidade, já que impede o deslocamento do cidadão para o trabalho, postos de saúde e hospitais”, afirma o documento assinado pelo presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
O ofício destaca ainda que, apesar da greve ser um direito constitucionalmente previsto, a Lei de Greve (Lei 7.783/89) prevê em seu artigo 11 a manutenção dos serviços essenciais para o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, como o transporte coletivo.
“Solicitamos respeitosamente que seja reavaliada a greve ou que, ao menos, seja cumprida a oferta mínima dos serviços, conforme prevê a lei. O comércio e a população não podem ser reféns de problemas que não competem a eles”, defende Souza e Silva.