O Cânion do Rio Peruaçu, localizado em Januária, região Norte de Minas Gerais, foi inscrito pela Unesco na lista do Patrimônio Mundial Natural. A nomeação ocorreu neste domingo (13/7), na 47ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Paris, na França.
A partir de agora, o Vale do Peruaçu é o primeiro Patrimônio Natural de MG reconhecido pela Unesco. O cânion junta–se aos outro quatro bens mineiros já reconhecidos como patrimônios culturais (Ouro Preto, Congonhas, Diamantina e Pampulha).
Além disso, essa é a segunda conquista internacional consecutiva de Minas junto à Unesco, após o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, no ano passado.
Com isso, o estado mineiro é o único do Brasil e conquistar dois títulos do órgão em dois anos consecutivos.
Complexo de cavernas e sítios arqueológicos
O Cânion do Rio Peruaçu fica localizado no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, entre Januária, Itacarambi e São João das Missões. Reúne ecossistemas da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.
Além disso, possui um complexo de cavernas, sítios arqueológicos milenares, território de comunidades tradicionais e indígenas e uma rica biodiversidade.
Alguns dos destaques do local são a Gruta do Janelão, com galerias de mais de 100 metros de altura, e a Perna da Bailarina, uma estalactite com cerca de 28 metros de comprimento.
A candidatura do Vale do Peruaçu para o reconhecimento como patrimônio foi um trabalho conjunto realizado pelos Governos de Minas e Federeal.
Participaram do processo instituições como Seculti-MG (Secretaria de Estado de Cultura e Turismo), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Com o reconhecimento, a expectativa é de um aumento significativo na visitação nacional e internacional. Espera–se impactos diretos na geração de emprego e renda nas cidades de Januária, Itacarambi e São João das Missões, bem como toda a região do Médio São Francisco.
Com Agência Minas