A arte belo-horizontina está de luto. Morreu, nesta sexta-feira (10/01), o artista Agnaldo Pinho, renomado bonequeiro e cenógrafo mineiro, aos 61 anos. A informação foi confirmada pelo Grupo Giramundo, por meio de suas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada.
Agnaldo nasceu em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, e cursou Artes Plásticas na UFMG. Durante a faculdade, foi aluno de Álvaro Apocalypse, um dos fundadores do Grupo Giramundo, onde teve o primeiro contato com a arte bonequeira.
Ele ingressou no Grupo Giramundo na década de 1970, tendo colaborado com espetáculos como Circo Teatro Maravilha e Espetáculo Giz. Na publicação, o grupo lamentou a perda do artista.
“Não seria exagero afirmar que Agnaldo Pinho tenha sido o marionetista mais talentoso e completo do Giramundo do período UFMG, apresentado habilidades que se desenvolveriam ainda mais em sua carreira posterior como cenógrafo, artista plástico, construtor de marionetes e autômatos”, disse Marcos Malafaia, diretor do Grupo Giramundo, no comunicado.
Agnaldo colaborou também com a banda Pato Fu, criando o boneco Silício para o disco “Toda Cura Para Todo Mal”. O guitarrista da banda John Ulhôa, que foi colega de Agnaldo nos tempos de faculdade, também manifestou seus sentimentos em suas redes sociais.
“Gente finíssima e talentoso demais. Foi ele que criou nosso astronauta caipira “Silício” que, manipulado pela Fernanda, fazia suas aparições cantando “Simplicidade” na turnê do disco Toda Cura Para Todo Mal. Silício agora mora aqui em casa e hoje tá triste, seu criador partiu cedo demais.”, disse John.
Nos últimos anos, Agnaldo se dedicou à produção de bonecos autômatos e também à cenografia, tendo criado e construído diversos cenários para a TV. O velório vai acontecer neste sábado (11/01), no cemitério Parque Retiro da Saudade, em Betim.