Um artigo que foi publicado no The Times “Como o algoritmo está matando o gosto pessoal” merece um comentário, porque o título já diz tudo.
Parece que há uma exaustão visual e também uma conformidade estética já que impulsionados pelo algoritmo os conteúdos que recebemos são sempre semelhantes. E isso acaba entorpecendo a nossa sensibilidade visual e assim nós somos empurrados para uma estética homogênea.
Para conseguir o que é chamado de inteligência estética, só mesmo desconectando das telas e buscando inspiração e referências no mundo real. Se não tivermos uma autoridade interna de julgamento, vamos continuar repetindo o que os feeds automatizados nos mostram.
Na nossa casa, por exemplo, ela deve ter uma digital única, irrepetível, cheia de camadas que revela quem somos, o que amamos e o que nos transforma. Só quando permitimos que a casa reflita a nossa essência com suas imperfeições, memórias e escolhas conscientes, ela deixa de ser cenário e passa a ser abrigo real da nossa identidade.
Por isso, quando quando você for visitar a CASACOR, a partir do dia 16 de agosto, presta muita atenção no que te toca e não naquilo que é unanimidade. O que eu já estou percebendo pelos projetos que já vi dos arquitetos que vão participar desta edição, é que tem profissionais que arriscam, saem da mesmice e mostram algo com digital própria.
Essa é uma referência legal para você guardar com você, porque mais do mesmo, ninguém aguenta mais, né?