Apaixonados por tapetes não são pessoas difíceis de serem encontradas, diz a história, e a ciência também diz que eles já existiam há cerca de 2500 anos. Eram usados por tribos nômades no Irã como isolantes térmicos.
Depois é que ele foi se sofisticando, contando histórias em vez de seus desenhos e pelo tipo de trama que apresentam. Do Império Persa para o mundo, essa arte se expandiu e os desenhos, tramas e materiais usados se adaptaram às diversas culturas. A tradição da produção manual ainda é muito valorizada, especialmente no Irã, que é hoje um dos maiores produtores globais de tapete.
No Brasil, a arte da tapeçaria também fez e faz história. Eu li esses dias sobre um livro que reúne fotos e dados de tapeçarias criadas por Roberto Burle Marx, que se chama Burle Marx tapeceiro. Aliás, uma atividade pouco conhecida do paisagista mais famoso do Brasil.
A obra evidencia Burle Marx como um pioneiro da tapeçaria moderna brasileira e o primeiro brasileiro a fazer uma tapeçaria moderna em Aubusson, na França. Há outros nomes mais recentes, inclusive de mineiros que criaram e criam tapetes de deixar impressionado qualquer aficionado por essa arte.
Um desses projetos, encabeçado pelo José Eduardo Haddad, da Marie Camille, tem peças lindas assinadas por arquitetos daqui. E essa história é tão bacana que eu vou deixar para um outro capítulo do tendências.