O tempo e as circunstâncias vão nos afastando de algumas pessoas das quais gostamos, mas, que não fazem mais parte daquilo que fomos construindo em nossas vidas. Isso não quer dizer que a gente não goste dessas pessoas, mas que a vida nos levou por caminhos outros.
Uma amiga me encontra e fala de pessoas que nos eram próximas e que não encontramos com mais frequência. Comenta de uma que mudou de país, outra que largou a profissão e uma que se separou, foi trabalhar em Brasília e voltou para Belo Horizonte recentemente, diagnosticado com demência, mais especificamente, o Alzheimer.
“Tão novo”, disse um outro amigo em comum que estava nesse encontro. Naquela mesma hora, nos deu uma saudade de encontrar com aquele amigo, de abraçá-lo, de recordar as coisas engraçadas que vivemos juntos e que ríamos todas as vezes que nos lembrávamos.
“Agora não dá mais”, lamenta nossa amiga, que completa, “ele está num estágio avançado, já não reconhece ninguém”. Marcamos uma visita, mas ficamos saudosos de que aquele abraço que daríamos nele teria muito mais sentido para a gente e nem tanto para ele. Meu amigo emendou, “a gente precisa celebrar mais a vida em pequenos encontros”.