Faz parte do ser humano, queremos evitar a dor. Fugimos dela como quem desvia os olhos de uma cena dura, mas no fundo, a dor não deixa de ser professora, ela dói, mas ela ensina. A gente não queria que doesse, mas vai doer.
Ela mostra que somos frágeis, nos lembra que nada é eterno e, ao mesmo tempo, revela uma força que a gente nem sabia ter. A verdade é que a vida não é feita só de alegrias e talvez o que nos torne humanos seja justamente essa mistura, o riso que um dia vem depois do choro, o abraço que cicatriza uma perda, a coragem de continuar mesmo quando o chão parece faltar.
Evitar a dor é impossível, mas o que podemos escolher é como atravessá-la. Alguns se fecham, outros aprendem, outros transformam, outros se fecham para depois se abrirem. E nesse processo, vamos entendendo que a dor não é inimiga, é parte da caminhada.
No fim, o que importa não é viver sem dor, mas não deixar que ela nos roube a capacidade de amar, de criar, de reconectar, de recomeçar.