No início do ano 2000, o temor de que a era digital pudesse acabar com o livro de papel tinha algum fundamento. Havia naquela época muitas novidades digitais, todas bem sedutoras.
O livro de papel não só não morreu como recentemente, de modo semelhante ao disco de vinil, começou a ser culto como um símbolo da reação contra o excesso de digitalização. Em julho deste ano, por exemplo, a New Letter da agência de tendências francesa Nelly Rodi apontou que livros são uma maneira de se reconectar ao tangível e classificou a estante da casa como uma espécie de manifesto e altar silencioso.
Pois é, o livro impresso segue vivo e o que mudou com certeza no século XXI foram os modos de ler e o tempo disponível para isso. Quanto aos espaços dedicados à leitura, principalmente os espaços públicos, eles muitas vezes foram adaptados às características do mundo digital.
Mas aquela estante da casa cheia de livros é muito gostosa, né? São detalhes importantes, que sejam livros lidos ou a serem lidos.
Jamais aquela cafonice de livros falsos, arrumadinhos, um do lado do outro, só para compor a decoração.
