Uma senhora foi encontrada morta em sua casa, no interior de Minas Gerais, com o corpo já em estado de decomposição. Os familiares, por divergências de pensamento, haviam se afastado. Ela foi descoberta porque o cheiro que vinha de sua casa incomodou quem passava pela rua.
Em Tóquio, na metrópole ultraconectada, o fenômeno é chamado de “kodokushi”, ou “morte solitária”. Na Itália, na França e no Reino Unido, o padrão se repete: pessoas idosas, vivendo e morrendo sozinhas, passam despercebidas.
Em Madri, na Espanha, a história de Isabel, uma aposentada de 78 anos, ilustra essa questão. Ela foi encontrada no banheiro de sua casa após sua morte. O caso chama ainda mais atenção, como relatado na revista Galileu, em outubro de 2019, porque aquela senhora foi encontrada 15 anos após sua morte.
Contas em débito automático e uma pensão sendo regularmente depositada impediram que alguém sentisse sua falta a ponto de procurá-la.
É fundamental que construamos redes de relacionamento ao longo da vida e que, na velhice, não abramos mão do convívio social. Criar laços nos permite desfrutar de uma vida mais plena e, quando necessário, contar com apoio e socorro.