O cantor mineiro Lô Borges morreu na noite desse domingo (2/11), em Belo Horizonte, aos 73 anos. O artista estava internado na Unidade Contorno do Hospital Unimed, na capital mineira, tratando de um quadro de intoxicação medicamentosa.
Em nota, a Unimed Belo Horizonte confirmou, nesta segunda–feira (3/11), a morte do cantor. Segundo o centro de saúde, Lô Borges morreu às 20h50, “em decorrência de falência múltipla dos órgãos”. “A Unimed-BH se solidariza com a família, amigos e fãs pela irreparável perda para a música brasileira”.
O artista estava internado desde o dia 17 de outubro por conta da intoxicação. Ele estava traqueostomizado e em ventilação mecânica, além de ter passado por sessões de hemodiálise, desde a última segunda–feira (27/10).
Salomão Borges Filho nasceu em Belo Horizonte e foi um dos fundadores do Clube da Esquina. Foi um dos grandes nomes da MPB (Música Popular Brasileira), tendo lançado mais de 14 álbuns. Em 1972, escreveu junto com Milton Nascimento o disco duplo “Clube da Esquina”, considerado um dos maiores projetos brasileiros de todos os tempos.
O movimento Clube da Esquina revolucionou a música nacional a partir dos anos 1970 e 1980. Algumas músicas de autoria de Lô Borges são “O Trem Azul”, “Um girassol da cor do seu cabelo”, “Tudo Que Você Podia Ser” e “Nada Será Como Antes”, em parceria com Milton Nascimento.
Ao longo de sua carreira, teve músicas gravadas por Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis, Skank, Nando Reis, entre outros nomes da MPB.
