Uma mãe exausta, um pai ausente, um filho que, como toda criança, clama pela atenção dos pais e uma adolescente, com suas descobertas e conflitos, compõem o cenário de “O que Tiver que Ser”, filme disponível na Netflix.
O pai, que é terapeuta familiar, sente que o casamento já não é o mesmo e, já envolvido com uma amante, decide pedir o divórcio. A esposa aceita, mas com uma condição: que a família inteira faça uma viagem juntos para acompanhar um concurso da filha.
Essa foi a desculpa que ela encontrou para que o pai pudesse se reaproximar dos filhos, assumindo de fato o seu papel de pai — algo que ele evita, alegando estar sempre ocupado e considerando o cuidado dos filhos uma tarefa exclusiva da mãe.
No entanto, aquela mulher precisava que o pai estreitasse os laços com os filhos por causa de uma doença que ela descobriu e que vinha progredindo, algo que ela ainda não tinha relatado.
O filme tem um ritmo leve, semelhante ao da Sessão da Tarde, mas oferece reflexões profundas sobre o peso das responsabilidades das mães, a adolescência da filha, que acaba se afastando tanto do pai quanto da mãe, e a ausência do pai, imerso no trabalho e sem tempo ou olhar para a família. “O que Tiver que Ser” provoca risos e lágrimas.