Lady Gaga parece ter voltado para os antigos padrões que a catapultaram para o sucesso em 2008. Na última sexta–feira (25), a artista lançou a primeira música de seu próximo álbum, previsto para fevereiro. “Disease” (nome da nova canção) traz a velha Gaga por quem os fãs se apaixonaram: sombria, estranha e autêntica.
O comeback da cantora e atriz foi muito bem recebido pela mídia e pelos fãs, mesmo após o recente fracasso do filme em que participa como co–estrela, “Coringa: Delírio a Dois”. A fórmula para a aclamação pode estar no fato de Lady Gaga ter retornado ao dark pop, estilo que seus Little Monsters preferem.
O jornal britânico The Guardian classificou Disease como uma canção que poderia facilmente estar no álbum de estreia da artista, o “The Fame”. “A faixa traz sintetizadores distorcidos e vibrantes tocando acordes menores sombrios; uma batida intensa, um tanto industrial”, escreveu o jornal.
“Vocais firmes e imperiosos, no estilo de ‘Poker Face’ ou ‘The Cure’; e letras que, se não se assemelham muito ao trabalho dos poetas metafísicos, definitivamente têm um tom um pouco dominador: ‘Screaming for me baby, like you’re gonna die'”, continua a publicação.
Caminho de volta para o dark pop
Esse trabalho se diferencia bastante dos últimos lançamentos de Gaga que, fora as trilhas sonoras de “Coringa 2”, “Top Gun” e “A Star Is Born”, passeiam pelo jazz e pelo disco nos álbuns “Harlequin”, “Love For Sale” (com Tony Bennett) e “Chromatica”. A artista teve um momento soft rock com o projeto Joanne, em 2016.
Menção honrosa ao Artpop, em que a cantora mergulhou no EDM e no pop com muitos sintetizadores. Alguns elementos desse trabalho, que é considerado injustiçado por alguns fãs, se assemelham ao “Brat”, recente projeto de Charli XCX que colocou a artista no patamar de a-list.
Ou Lady Gaga estava sendo visionária, ou Charli XCX reciclou o estilo musical do início dos anos 2010 e trouxe para uma estética palpável. Ao ouvir Disease, é possível notar alguns elementos desses mesmos sintetizadores, o que mostra que Gaga está atenta ao estilo de pop que faz sucesso atualmente, e que vem a calhar com a antiga linha de trabalho dela.
Os fãs também notaram que artista faz menção honrosa a outros trabalhos de sua discografia em Disease. Um exemplo é a vocalização usada na palavra “medicine”, no verso “running out of medicine”, que foi a mesmo feita em “Manicure”, do Artpop.
Melhor single desde ‘Bad Romance’
Para todos os efeitos, a nova–iorquina acertou em cheio, pois os fãs não poderiam estar mais animados para a nova era da artista e dizem que esse é o melhor lead single (o primeiro lançamento de um álbum, geralmente divulgado antes das demais faixas) dela desde Bad Romance (2009). Por meio do Instagram, nessa segunda–feira, Lady Gaga agradeceu pelo apoio que tem recebido com o novo trabalho musical.
“Eu honestamente estou tentando achar as palavras certas para dizer – Eu tenho estado tão animada para lançar minhas novas músicas e ver todos os monsters reviverem e dançarem e performarem e chorarem e sorrirem é uma alegria insana. Eu estou tão grata e esmagada com o seu amor por Disease”, disse.
A artista pediu aos fãs para continuarem dançando e avisou que tem muito mais por vir. “Eu não tinha visto nossa comunidade desse jeito há um longo tempo. Obrigada por virem nessa jornada comigo por todos esses anos e ainda aparecerem para ouvir a música”, finalizou Gaga.
Lady Gaga ainda não divulgou a data de lançamento do clipe de Disease, mas tem apresentado uma nova estética no Instagram, que deixa pistas de como sua próxima era vai ser.
Enquanto isso, ouça o novo single da cantora: