Você sabia que os nossos sentidos todos se unem quando consumimos bebidas e comidas? Sim, até a audição e o tato são relevantes. Existem sons que realçam ou diminuem os gostos básicos e os sabores, isso é comprovado pela ciência, não é chute, e tem a ver com a frequência dos sons.
Assim, graves e agudos interferem na forma como percebemos as comidas e bebidas que ingerimos. Um estudo feito na Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo, na Itália, sugere que músicas mais lentas e calmas fazem o comensal se demorar mais à mesa e músicas agitadas e muito altas fazem com que comamos rapidamente e saiamos logo do local do consumo.
Os sons agudos tendem a destacar sabores doces e ácidos, já os sons mais graves e dissonantes realçam amargor. Sons curtos e rápidos fazem com que percebamos mais a crocância, e sons suaves e contínuos nos fazem sentir mais cremosidade.
O que isso pode impactar na forma como apresentamos e servimos bebidas ou comidas? De forma intuitiva, nós sommeliers costumamos montar trilhas sonoras ideais para as bebidas que apresentamos. Mas agora, sabendo desse estudo, será mais certeiro escolher a música exata para acompanhar a cerveja, o vinho, o destilado, qualquer bebida que formos servir. Viva a ciência voltada à gastronomia!