Na manhã do último sábado de setembro, presenciei uma cena que eu, até então, só tinha visto em vídeos das redes sociais. Um caminhão de limpeza urbana passando pela avenida Miguel Perrela, no bairro Castelo, em BH, parou diante de um prédio. Lá do alto ouvi um grito que saudava os garis, dizendo, “bom dia amigos”.
Correndo, pegando os sacos e caixas de lixo, os trabalhadores gritavam, “como está, amigão?”, “bom dia, amigão”. A alegria da criança naquela sacada era evidente. A alegria dos homens na rua era legítima. O caminhão seguiu para mais adiante e as despedidas foram no mesmo nível de afeto e respeito.
Para mim, uma cena não muito comum, pois moro no Centro, onde há poucas crianças residindo. A cena é linda pela admiração daquela criança por um trabalho que muitos de nós, adultos, sabemos da importância, mas poucas vezes saudamos os trabalhadores, reconhecendo seu trabalho.
Depois que postei sobre isso, vários pais e mães relataram que seus filhos fazem o mesmo em seus bairros, o que me deixou mais feliz ainda. Esta coluna de hoje é um tributo aos homens e mulheres que trabalham como garis. E uma homenagem às crianças, também.