O Conecta Mente desta segunda–feira (7) teve como tema o primeiro emprego. Os apresentadores falaram sobre o programa “Primeiro Emprego”, da Fundação CDL-BH, junto com o presidente da iniciativa, Vilson Mayrink.
Segundo Vilson, o programa não tem o objetivo de convencer os jovens das gerações atuais a respeito do mercado de trabalho, e sim, atuar de forma 360° para ajudar a estruturar o plano de fundo da vida dos adolescentes e adultos. São trabalhadas finanças pessoais, cultura, matemática e português.
“O que a gente busca fazer dentro da fundação é um ambiente favorável para que quando ele [jovem] chegue lá no programa Jovem Aprendiz, que ele tenha condição de se sentir atraído por aquele momento. E dessa forma a gente continua transformando vulnerabilidade em protagonismo”, disse o presidente.
Saúde e alimentação vêm primeiro
Além das atividades desenvolvidas dentro do programa Primeiro Emprego, a fundação trabalha com outras vertentes da vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Nossa visão como Fundação CDL-BH é fazer com que as pessoas escrevam sua própria história”.
“Então, a gente sabe que muitas questões, antes de você ser protagonista, têm que ser atendidas, como questões de saúde, de alimentação. Sabemos que o jovem precisa disso aí, então temos alguns programas sociais que são voltados para a comunidade”, explica Mayrink.
De acordo com o presidente da fundação, a iniciativa tem buscado, em Belo Horizonte, empresários e empresas para ajudá-los por, pelo menos, três meses. “Se um jovem não tem alimento, imagina, como que ele vai pensar em estudar? Muitas vezes o que ele pensa é o que vai comer amanhã”.
Áreas disponíveis
Atualmente, a Fundação CDL-BH oferece quatro modalidades de emprego para os jovens: Tecnologia da Informação, Administrativo, Comércio e Serviços e Logística. Os interessados se cadastram pelo site da fundação, passam para uma entrevista sócioeconômica e são conduzidos para uma oficina introdutória.
“A gente faz isso também facilitando a vida da empresa que está buscando, então eu costumo dizer muito que a fundação CDL é ponte. Nós temos de um lado empresários buscando oportunidades, mão de obra, porque a gente sabe que a mão de obra é muito difícil, e por outro lado, adolescentes que ainda não sabem o que vai ser da sua vida”.
Conforme Vilson, o programa já encaminhou cerca de 25 mil jovens aprendizes já passaram pelas oficinas introdutórias, e 15 mil foram para o mercado de trabalho. “A gente já teve vários casos, como um aprendiz que passou pela Junior Achievement, que é uma grande parceira nossa, e montou um ateliê na França”.
O que é preciso para participar?
Os critérios para participar do Primeiro Emprego, segundo o presidente, é a renda per capita familiar de até um salário mínimo, ter entre 15 e 22 anos e estar estudando ou já ter concluído o Ensino Médio. cursando ou já ter cursado o ensino básico.
“Nós temos duas modalidades: uma em que ele trabalha durante 6 horas por dia, ou outra, de 4 horas por dia. Aí o aprendiz que vai escolher, e a empresa também que vai determinar. No de 4 horas, ele vai ter 16 meses de contrato, e no de 6 horas, 11 meses de contrato”, explicou.
Mayrink finalizou o bate–papo falando sobre a satisfação de trabalhar na fundação fazendo o bem. “O dia que a gente conseguir entender que o nosso processo é de evolução, seja na pessoa jurídica, seja na pessoa física, isso fica muito mais fácil, a gente tem uma colheita muito melhor”.
A entrevista na íntegra já está disponível nas nossas plataformas digitais. Ouça abaixo: